Uma portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República classificou a Foz Velha como "conjunto de interesse público" porque "constitui um agregado eclético de centros habitacionais que expressa, com notável coerência, o seu longo percurso histórico, desde o núcleo piscatório de matriz medieval até ao moderno espaço de prestígio burguês", incluindo as casas piscatórias e o trablho renascentista do século XVI por D. Miguel da Silva (Igreja de São João Baptista da Foz e paços abaciais). Esse interesse público irá dificultar, a partir de agora, futuras intervenções urbanísticas na Foz do Douro e Lordelo do Ouro.
Eu quase que praguejei quando vi "conjunto" em vez de "património cultural". Soa barato. A marca Pingo Doce dos produtos de mercearia e afins. Mas lá fui ao wikipedia e vi que "conjunto" é uma denominação pertencente ao conceito de património cultural de acordo com as convenções internacionais e que se refere a agrupamentos arquitectónicos urbanos ou rurais...
Suponho que tenho um "beef" com a palavra "conjunto". Provavelmente, porque me faz lembrar de música ligeira. Bastou-me dois segundos de Google e encontrei: Conjunto Musical Oliveira Muge, Conjunto Musical Galáxia, Conjunto Musical Os Primos, and so on. Soa sempre a piroseira. É impressionante.
É possível que o parágrafo anterior não seja grande ajuda promocional à minha sugestão de fim de semana: No dia 9 de Junho, das 15h às 19h, vai haver um baile de iniciação ao Verão na Concha Acústica do Palácio de Cristal, entrada livre. Música a cargo da Orquestra Royal. Atenção, não é "Conjunto Musical"!
Sem comentários:
Enviar um comentário